terça-feira, 7 de julho de 2015

Amor, bendito amor...

Bendito seja esse amor que invade, faz do corpo sua morada, alaga toda a casa, acha pouco  e quer transbordar. Tanto amor assim não é imprudência, não me enche de exigências. Quer, somente e tanto, que não o deixe desperdiçar. Explique-me como faz para tão grande amor permanecer, relato do meu e em você, e você "visse" e versa. Explique-me o segredo de amar tanto e assim, com tamanha intensidade uma ideia bonita que se deixa habitar. Explique-me e admita, admita que a resposta complica e não é fácil de agradar. 
Bendito seja o amor que existe, faz poesia em verso triste e vê beleza em cada luar. Explique-me toda essa loucura: amor nenhum é cura, mas é fácil de matar. Mata-me cem vezes e em todas as cem hei de amar!
Bendito seja o amor que cria asas e permanece, sabe voar em céu terreno, nega todo o inferno horrendo que o faça acabar. Tal amor está firme e forte, sólido e resistente, mas você aparece... começa então o desabrochar. Veja só que amor displicente, totalmente desobediente, acabou de derreter. E, mesmo derretido, permanece e só evapora ao amanhecer. 
"Onde está o meu amor? Erá sólido e líquido virou, virou gás e flutuou. Desistiu tão fácil assim?"
Então o amor troveja, grita um raio ao pé da ladeira e gotas de chuva começam a cair. 
Bendito seja o amor que inunda!
Bendito seja quem o deixa entrar e transbordar!
Amor, você voltou...! Tão bendito, meu amor... 
Há muito espero chover para poder dançar, por todos os lados vem chuva.
Vem, amor! Inunda... Faz da minha casa o seu lar e de mim o seu lugar. 
Bendito seja, amor!

Um comentário:

  1. Assim como o amor da sua bela poesia, suas palavras inundam a mente de quem as lê. Inundam de prazer, de prazer ao ler.

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