Comediante e ande é ante, anti comédia
Síndrome de tragédia e ante, anteposição
Caminha sobre o ar aquilo que não está sob o
chão
Flutua risos e tantas inconstâncias catastróficas
Comédia adiante
Ande, farsante
Contar-lhe-ei o tragicômico:
Desde que homem nasceu, nasceu e
enfim cresceu. Cresceu e morre todo dia - seja noite, seja dia - , é preciso
dizer que morre e permanece, mal tarda e anoitece, a lua sobe e o sol desce e o
homem, permito-me ressaltar: cai em preces.
E desde que o homem cresce e todo o dia falece, muda e avessa, e ri, mas
desconcerta. É certo dizer que a vida é uma tragicomédia e o teatro se faz em
palco cotidiano: riram gregos, sofreram troianos. Ou é o oposto do que está
dito? Ou não o digo? O que está certo, é que desde o homem nasceu vive em
desgraça, ri alto em praças, grita loucuras e poemiza-se em amor. Desde que
nasceu, todo homem é um pouco Romeu, toda mulher é Julieta e nenhum dos dois
sobrevive ao final, porque, desde que nasceu, o homem enfim cresceu e traça sua
história: histórias loucas, melancólicas, amor versos de ódio, sangue e
bandeira branca, bigodes de Hitler, chicotes em costas de negros, romances em
palcos e beijos apaixonados. Mas desde que nasceu, está certo que o homem
cresceu e não importa o que faça, se chore ou elabore graça: o homem morre todo
dia, seja noite, seja dia, de infarto ou anemia, até mesmo poesia. O que está
certo é que morre, não tarda e anoitece.
Tragicômico, não?
Tragicômico, não?
(para meu Amigo Anônimo - desafio da palavra)
Adorei e ao mesmo tempo achei engraçado (isso porque acho muitas coisas engraçadas). Parabéns!!
ResponderExcluirRosa.
Oi, Rosa! Aqui entre nós, também acho muitas coisas engraçadas rs
ResponderExcluirObrigada pelo carinho, abraço.