Esse
barulho é inconsequente, confesso que não me é diferente daqueles tantos
silêncios que já ouvi. Espere ao menos que consiga desembaralhar as palavras,
colocá-las na ordem correta, pegar o
dicionário e tentar decifrar esses inúmeros
acontecimentos que estão amontoados por aqui, aqueles que ainda estão por vir
ou simplesmente se deixam levar... O barulho é barulhento, não me é prazeroso e
pouco tenta agradar. Na verdade nem agrada, quer mais é atenção, barulho mais
sem noção... por aqui não quero que se deixe habitar. Ainda que dê uma pausa
com esse barulho todo, o silêncio que se faz não me é convincente, muito menos
conveniente, só mais um barulho a “barulhar”. Você acha que só se faz barulho
aos gritos, juro que não acredito... Como se deixa enganar? Espere ao menos eu
pegar o dicionário, procurar por um sinônimo no real vocabulário, encontrar
alguma explicação. Toda essa conversa não é crise de coração ou uma rima a mais
com a palavra anterior. Você nunca entenderia, jamais conseguiria compreender o
que nunca se explicou. Não se explica o que não se sabe, o que está confuso e é
indiferente, não é bicho, nem é gente, é sentimento e deve estar carente.
O dicionário vem surpreendentemente e diz que de algo necessita, mas não me
venha com coisas restritas, o mundo é mais do que isso aqui. As coisas estão
amontoadas e todos gritam, o silêncio que se faz é ensurdecedor. Dê um stop,
uma pausa breve, um momento pra descansar. Espere eu pegar o dicionário, me dê
mais um que horário, não me deixarei levar. Existe coisa nesse silêncio todo,
grita menos um pouco, mas ainda assim dá para ouvir. Espere que eu entenda o
que acontece, se faz necessário algumas preces e confesso: dicionário algum
traduz isso aqui.
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