sábado, 4 de julho de 2015

todo ponto é um barulho

Esse barulho é inconsequente, confesso que não me é diferente daqueles tantos silêncios que já ouvi. Espere ao menos que consiga desembaralhar as palavras, colocá-las na ordem correta,  pegar o dicionário  e tentar decifrar esses inúmeros acontecimentos que estão amontoados por aqui, aqueles que ainda estão por vir ou simplesmente se deixam levar... O barulho é barulhento, não me é prazeroso e pouco tenta agradar. Na verdade nem agrada, quer mais é atenção, barulho mais sem noção... por aqui não quero que se deixe habitar. Ainda que dê uma pausa com esse barulho todo, o silêncio que se faz não me é convincente, muito menos conveniente, só mais um barulho a “barulhar”. Você acha que só se faz barulho aos gritos, juro que não acredito... Como se deixa enganar? Espere ao menos eu pegar o dicionário, procurar por um sinônimo no real vocabulário, encontrar alguma explicação. Toda essa conversa não é crise de coração ou uma rima a mais com a palavra anterior. Você nunca entenderia, jamais conseguiria compreender o que nunca se explicou. Não se explica o que não se sabe, o que está confuso e é indiferente, não é bicho, nem é gente, é sentimento e deve estar carente. O dicionário vem surpreendentemente e diz que de algo necessita, mas não me venha com coisas restritas, o mundo é mais do que isso aqui. As coisas estão amontoadas e todos gritam, o silêncio que se faz é ensurdecedor. Dê um stop, uma pausa breve, um momento pra descansar. Espere eu pegar o dicionário, me dê mais um que horário, não me deixarei levar. Existe coisa nesse silêncio todo, grita menos um pouco, mas ainda assim dá para ouvir. Espere que eu entenda o que acontece, se faz necessário algumas preces e confesso: dicionário algum traduz isso aqui.

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