O que faz de Fulana um alguém importante é
o seu existir. Não existiria se não tivesse nascido. Bendito seja aquele que
nasce! Amargo aquele que ignora a existência e morre na utopia do prazer que é
achar saber o que não se sabe.
De todo modo, Fulana nasceu. Pouco importa se
era uma tarde/noite/manhã, se chovia ou se não chovia, se era água que pingava
na casa de Seu Antonio ou água que faltava na casa de Dona Madalena, existia um
novo nascer. Todo o problema estava na história que não continua. Nas vidas que
já não podem ser escritas, não mais.
Fulana morreu assim que nasceu, alguns
dias depois de começar o tal ciclo. Morreu assim como morre esse
discurso: sem razão. Perdoem esta pobre narradora, mas já não há mais
o que contar sobre Fulana. A história é curta, a vida é de tantos, o foco é essencial,
mas falho. O segredo está na balança: no modo como se enxerga e que se quer
enxergar.
Fulana morreu.
Eis o ponto que não é final e as reticências que são imprevisíveis...
Nasceu, antes de tudo.
E que o nascer é
coisa bonita, vocês já sabem.
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