Ao verso de
enlace na rima desproporcional:
ÉS TU, O
AVESSO
Criai a ti
mesmo de novo e agora.
Já não era sem tempo, sem nome, sem teto, sem esmola.
Quem eras?
Quem és?
Salvai os
enganos e os perdoai.
Do mundo fundo, tudo imundo, o eco não se satisfaz.
Quebra-te.
Ampara-te.
Para-te.
Não dá
mais.
Perdoai os
enganos, os planos, as linhas, as retas, os anos.
Perdoai o
contexto e aplicação.
Não
aplica-te. Tece-te. Cria-te. Faz-se novo. Uniforme.
Exato agora e não o
sou-fui.
Quem eras?
Quem és?
Cria-te e
serás... Até o quando enganar-te mais uma vez.
E assim, perdoai
os enganos, os quandos, os danos e a vida, criada mil vezes da mesma semente
ilusória. Irreconhecível na unidade.
Cria-te.
E engana-se, pois tu és o mesmo
das antigas criações.
Que era, que é.
Em tempo, buscai a ti.
E salva-te, antigo novo, agora.
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