segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ponto de chuva

Chove lá fora. Te contei?
Chove algo que não é chuva, que não é coisa nem outra.
Chove lá fora. Já te contei.
Chove muito e muita coisa e coisa e tanta que mesmo se eu te contasse (já contei?) você não entenderia...
Chove lá fora. É sério, chove mesmo! 
Transborda chuva por tudo que é lado (debaixo do guarda chuva, na rua, na casa e no coração) e entope (o bueiro, o carro, o moço e a menina que está apaixonada pelo moço, mas me jure que não conta isso a ninguém não).
Chove lá fora. EU SEI, EU JÁ TE CONTEI!
Mas chove tanto, e coisa e outra e coisa e tanta que chove e chove e chove. 
E você não entenderia. Não...
Chove lá fora.
Dessa vez é sério, juro. 
Chove água, chove chuva, chove o moço na calçada e a menina que apaixonada (não diga que te contei) corre em sua direção.
E transborda.
E alguma coisa entope. Não sei se o moço ou a menina, se a casa ou o coração ou até mesmo o bueiro que está cheio de chuva e coisa e tanta e coisa e outra que chove e chove e chove.

Pronto, entupiu!

7 comentários: