Dos diversos problemas que o Brasil
enfrenta, não seria o conjunto urbano e social um fator exclusivo para que não
pudesse ser encaixado na categoria: INFELICIDADE. Sim, tamanha deve ser a
infelicidade daquele que vive aqui, inclusive eu, exposto a todo tipo de fúria
enigmática que se traduz em soluções desastrosas do avanço social e,
consequentemente problemático. Vejamos os fatos: falta de planejamento base
para promoção do controle desordenado das cidades, que promove os grandes
centros como áreas inacessíveis devido ao seu encarecimento (para alegria dos
pobres, olha só que beleza!), contribuindo assim, para que se busque por
moradias mais distantes e mais acessíveis (sim, estou me referindo ao custo
financeiro, até porque ‘não vejo’ incomodo algum em atravessar o Rio São
Francisco se, somente se, do lado oposto tiver uma moradia FREE. O que acham?).
Não bastasse a dificuldade para com
o acesso às áreas de maiores produções e qualidades, uma numerosa parte dos
trabalhadores possuem salários baixíssimos e para sua formosa infelicidade: o
transporte público é um desastre, precário, tais zonas segregadas não contam
com o saneamento básico e o asfalto e, para reforçar, os índices de violência
estão lá no topo.
Falando em topo, que acham das
favelas? Conjunto 'infeliz' da parte esquecida e desestruturada das cidades do
meu Brasil. Ô beleza! Desemprego, falta de planejamento urbano, concentração de
renda, invasão de áreas inapropriadas, desfavoráveis à habitação, a exemplo dos
morros.
O Brasil brasileiro está
transbordando de problemas, não é verdade? Por falar em transbordar, toda essa
conversa desestruturada também se relaciona à agressão ao meio ambiente, um de seus
prodígios são as enchentes que podem sim ocorrer tendo ou não a interferência
humana, mas que na maioria dos casos, por falta de planejamentos urbanísticos,
loteamentos, poluição, impermeabilização do solo, a água não encontra saída e
simplesmente, transborda. Transborda para dentro de nossas casas, inundando
nossas salas e queimando aquela televisão que só tinha sido paga a primeira
parcela, apodrecendo a madeira do sofá (o sofá que se costumava sentar todas as
noites para assistir à novela das 8 na televisão que só tinha uma parcela paga
e que queimou numa enchente que adentrou a humilde residência).
Agora, peço perdão, mas já estou
indo. Se for mesmo para listar todas as infelicidades desses, inclusive eu,
brasileirinhos, eu passaria a madrugada, o ano ou sabe Deus o tempo para falar
tudo. E assim, quando já estivesse prestes a terminar, surgiria mais algum só
pra enfatizar que problema todo mundo tem, inclusive nós, brasileirinhos. Não é
verdade?
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