Nasci
morrendo.
E
vivo nessa de nascer e morrer todos os dias.
Meu
tempo é fogo
E
a morte é vento
Ou
água
Ou
qualquer coisa que independente da resistência do fogo meu, o dissolve.
Todos
os dias a mesma história:
nasço
e morro.
Morro
e, por pouco, não morro mesmo
E
depois de morrer, tem isso:
Isso
de viver.
Eu
nunca entendi bem a vida. Meu desejo de compreendê-la é companhia ao outro
desejo meu de não desejar nada, de não saber nada e deixá-la seguir. A verdade é que temos medo da morte. E não me refiro à existência.
Nasci
morrendo, perdendo segundos antes mesmo de conseguir respirar pela primeira
vez.
Nasci.
E nasço novamente todos os dias.
Meu
medo vem de dentro e só de dentro eu consigo superá-lo.
Meu
inimigo sou eu mesmo.
Minha
morte é não viver.
Minha eternidade é composta de agoras.
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