domingo, 7 de fevereiro de 2016

Morrer, todo mundo morre, nascer de novo é o que importa (!)

Nasci morrendo. 
E vivo nessa de nascer e morrer todos os dias. 
Meu tempo é fogo
E a morte é vento
Ou água
Ou qualquer coisa que independente da resistência do fogo meu, o dissolve.
Todos os dias a mesma história: 
nasço e morro.
Morro e, por pouco, não morro mesmo
E depois de morrer, tem isso:
Isso de viver.
Eu nunca entendi bem a vida. Meu desejo de compreendê-la é companhia ao outro desejo meu de não desejar nada, de não saber nada e deixá-la seguir. A verdade é que temos medo da morte. E não me refiro à existência. 
Nasci morrendo, perdendo segundos antes mesmo de conseguir respirar pela primeira vez.
Nasci. E nasço novamente todos os dias. 
Meu medo vem de dentro e só de dentro eu consigo superá-lo. 
Meu inimigo sou eu mesmo.
Minha morte é não viver. 
Minha eternidade é composta de agoras.

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