De alma lavada. Roupas molhadas, cabelos molhados, corpo com frio. Chovia naquele dia, no dia que choveu. Era um verão com toques de inverno. O calor emanava de seus abraços e risos que, não sei porque, gargalhavam. A música tocava ao fundo, toque profundo, e chegava na alma serena, ardente, leve, leve, leve...
Chovia naquele dia, dentro e fora de casa, da tal casa. Dessa vez, deixou-se molhar.
- CHOVE!, gritava. E chovia. Como nunca se viu antes.
Foi para o meio da rua que se dirigiu, não importava o resfriado que viria, as reclamações da mãe ao chegar em casa, os olhares curiosos de alguém que via a cena.
- CHOVE!
E a música tocava ao fundo e tocava na alma. Serena! Doce! Pura!
Os braços se abriam, como que para receber as bençãos que vinham do céu - CHUVA! - e giravam.
Rodopiava alegre, cantante. E ria, como ria...
De alma lavada. No meio da chuva, aos rodopios, docemente transbordava.
E ria... como ria...
E que essa chuva molhe a todos nós!
ResponderExcluirSenti falta das belas poesias.
Há de molhar...
ExcluirObrigada pelo carinho de sempre!
"E ria... como ria..." Rindo encantado ❤
ResponderExcluir"E ria... como ria..." Rindo encantado ❤
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